Feliz Ano Novo, Feliz Ano Velho.

Mais um ano chega ao fim… Muitos hão de dizer que foi um ano difícil… Um ano de tragédias… De decepções… Um ano para esquecer… Será??? Se pensarmos um pouquinho não encontraremos motivos para comemorarmos? Afinal de contas, se foi um ano complicado e conseguimos chegar ao seu final, ainda que aos frangalhos, no mínimo somos fortes e persistentes. Somente isso já seria motivo mais que suficiente para nos alegrarmos. Suportar dias difíceis, semanas tensas, meses de desilusões, de fato, pode nos desgastar. Certamente merecemos dias melhores… Momentos mais leves… Mas passar por tudo isso e seguir de cabeça erguida nos faz ainda mais fortes do que já éramos quando o ano começou. Ademais, em meio a tantos momentos ruins, com certeza tivemos outros tantos que fizeram a vida valer a pena. Um emprego digno, um encontro inesperado, um sorriso cativante, uma crítica sincera, novas amizades, quem sabe um novo amor… Enfim, se tivemos motivos para lamentações, também tivemos motivos para sorrir. De mais a mais, mesmo que tenhamos mil motivos para lamentar, só precisamos de um motivo para mantermos a fé e a esperança em dias melhores: Estamos VIVOS e cada vez mais FORTES. Então, que comece mais um ano e com ele nossa fé se renove e nossa esperança siga viva. Dias melhores virão, apesar de todos os pesares!
Feliz 2024 a todos!

Viver ou Não Viver: Eis a Questão!

Na minha concepção, uma das definições mais perfeitas do que seria a vida teria sido feita por John Lennon. Segundo ele, ” Vida é algo que acontece enquanto estamos ocupados fazendo outros planos”. Confesso que jamais consegui pensar em algo que chegasse ao menos próximo de uma definição tão profunda. O cara tinha razão… Enquanto nos preocupamos com bobagens que muitas vezes nós mesmos “inventamos”, a vida está acontecendo. O tempo está passando enquanto nos ocupamos com futilidades. Enquanto estamos preocupados planejando juntar dinheiro para aquela tão sonhada viagem ou para adquirirmos uma casa maior ou um carro mais novo, nossas relações interpessoais estão sendo deterioradas ou desprezadas a segundo plano. Nossos filhos estão crescendo e se tornando independentes. As pessoas que amamos estão perdendo o interesse por nós e buscando formar outros laços afetivos. Enquanto nos ocupamos em reclamar de problemas, às vezes pequenos, mas que insistimos em considerá-los culpados pela nossa inércia, outros estão enfrentando e superando problemas iguais ou maiores e se fortalecendo com eles. Enquanto estamos sentados na arquibancada satisfeitos em apenas assistir as coisas acontecerem, outros escolheram entrar em campo, “levar carrinho”, “dar canelada”, marcar um golaço ou fazer gol contra… mas optaram por participarem ativamente do processo. Escolheram experimentar o inefável prazer de uma vitória memorável ou mesmo a decepção por uma estrondosa derrota… mas não se omitiram, ou seja, decidiram simplesmente viver, porque como bem disse o John, vida é exatamente esse turbilhão de coisas que acontecem à nossa volta e que às vezes nem percebemos. Noutras vezes simplesmente fugimos, porque é mais fácil nos escondermos. É mais cômodo nos omitirmos. Ao fazermos assim, seria mais ou menos como se escolhêssemos passar pela vida e não viver. Mas isso também é permitido. É apenas uma questão de escolha. Viver ou não viver, eis a questão!

E Se Houver Amanhã…

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A vida é mesmo efêmera e inexorável… Em um piscar de olhos muita coisa pode acontecer. Em contrapartida, de um momento pra outro, tudo pode acabar. Tanta incerteza com relação ao amanhã pode parecer algo um tanto assustador, mas é justamente a imprevisibilidade que torna a vida tão fascinante. Imagina o quão sem graça seria se viéssemos ao mundo com “data de validade”, como se fôssemos meros objetos… Provavelmente foi pensando nesse caráter fugaz da nossa existência que surgiram expressões do tipo: “Viva como se não houvesse amanhã”, “Ame as pessoas como se não houvesse amanhã” e outras frases do gênero. Não que eu queira mudar conceitos preestabelecidos e tão arraigados na sociedade, mas acredito plenamente ser bem mais desafiador agirmos diferente e vivermos como se houvesse amanhã… Não havendo amanhã me parece tudo muito fácil, simples demais… De certa forma, amar as pessoas como se não houvesse amanhã pode parecer até bastante banal. Difícil mesmo é amá-las mesmo que exista amanhã. Basta reparar que depois que morrem quase todas as pessoas se transformam em “santos ou santas” e os que ficam, finalmente “declaram” seu amor até então contido. Mas convenhamos, amar alguém nessas circunstâncias não é assim tão difícil. Então, que tal amar as pessoas mesmo que elas não morram amanhã… Que tal agirmos de modo que também sejamos amados mesmo que amanhã sigamos vivos… Que tal oferecermos flores pra alguém enquanto este alguém nos possa retribuir, ainda que com um simples sorriso… Então, que continuemos amando as pessoas como se não houvesse amanhã, mas acima de tudo, que as amemos mesmo que exista amanhã ou pra ser ainda mais desafiador, que as amemos apesar de haver amanhã.

Voltando Pra Casa e às Voltas Com Meus Pensamentos

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Lá fora tudo passa velozmente. As árvores vão ficando pra trás. Meu pensamento acelera. Parece que foi ontem… Nem sei se era noite ou dia… se chovia ou fazia calor. Aqui dentro me perco em tantos pensamentos. De novo,  olho pela janela. Carros vêm em sentido contrário. Os malucos do asfalto colocam em prática suas idiotices, colocando em risco vidas alheias. Volto pra dentro de mim e não encontro nada, senão meus pensamentos ainda embaralhados. Quem sabe rola aquela peça de teatro, o evento no Viaduto das Artes ou aquele vinho que inesperadamente ela cismou de querer tomar… No asfalto os idiotas continuam com suas maluquices, alheios às vidas que carregam dentro de seus carros. Na prática, nada parecem temer. Temo pela tremenda teimosia dos idiotas. Já não sei se minha atenção fica na tensão do asfalto ou se volta para a intensa agitação dos meus pensamentos que seguem acelerados… Mais acelerados que os carros dos malucos idiotas do asfalto. Pra que tanta pressa? Pergunta meu coração; para os idiotas do asfalto e para meus pensamentos que insistem em não parar.

Mudanças

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De repente, partir.

Quando mais nada parece fazer sentido.
Quando de súbito, sentir que sorrir já não é tão fácil.
Quando a indiferença grita e as diferenças afloram,
o melhor a fazer é simplesmente ir.
De repente, chorar.
Porque nem todo choro é tristeza,
assim como nem todo fim é a morte.
Às vezes o choro é alívio.
O fim, possibilidade de recomeço.
De repente, recomeçar.
A vida é efêmera mas sempre há de haver esperança.
Não há tempo pra perda de tempo.
Quem vive na dúvida, sem dúvida dança.
Melhor procurar outro par que outra música logo começa.
De repente, voltar a sorrir.
Aprendi com o sol. Tantas vezes morre, outras tantas volta a brilhar.
Os dias se vão e há sempre um novo nascendo.
Os que foram são minha escola.
Os que nascem são meu PRESENTE.

Equívoco

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É realmente lamentável que sejamos assim. Avaliamos e julgamos as pessoas, e pior, quando o fazemos acabamos focando muito naquilo que elas têm de negativo. Quase sempre nos esquecemos de dar o devido valor às boas qualidades que elas possuem. A verdade é que precisamos aprender a lidar melhor com aquilo que consideramos como “defeito” nas pessoas. Sejam quais forem esses “defeitos”, as pessoas são mais que isso. Certamente, se aprendermos a conviver pacificamente com o que julgamos ruim em alguém, e respeitarmos o estilo de vida que cada pessoa escolhe para si, com o tempo vamos conseguir extrair coisas boas dela. Porque muitas vezes, por não sabermos lidar com os espinhos, deixamos de colher as mais belas flores.

Nosotros

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Eu sou eu.
Você é você.
Eu e você somos nós.
Ele é o outro.
Você e ele são os outros sob minha ótica.
Sob a ótica dele, os outros somos eu e você.
Penso ser extremamente importante lembrarmos disso quando temos a velha e errada mania de sempre achar que a culpa é do outro. Afinal de contas, dependendo do referencial, o outro somos nós mesmos.

Qual é a Sua Esperança?

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Minha esperança é que em cada caminho trilhado brotem novas e belas amizades… E que elas continuem mudando positivamente minha vida. Que minhas atitudes, sejam boas o suficiente pra cativar as pessoas, ou pelo menos tornar mais leve a jornada daqueles que cruzarem meu caminho.

Minha esperança é que meus medos não me impeçam de viver tudo que a vida tem a me oferecer. Que novos horizontes se abram… Que novas flores desabrochem… Que o bem prevaleça sempre… Que minhas lembranças não tenham o que temer ao visitarem o passado.

Minha esperança é que o mundo se torne um lugar melhor para criarmos nossos filhos e netos, mas principalmente, que nossos filhos e netos se tornem pessoas melhores do que nossa geração conseguiu ser.

Minha esperança é que tanto a nossa quanto as gerações futuras aprendam a cultivar sorrisos verdadeiros, amizades sinceras e a lealdade entre as pessoas. Espero finalmente que Deus me dê vida longa para aprender cada vez mais a querer e a fazer o bem ao próximo…
… Mas o que eu espero mesmo é que minha esperança siga teimosamente me fazendo acreditar nas coisas mais improváveis… E que não ouse morrer antes de mim.

Ao Sabor das Marés

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Quando você já sabe exatamente o que quer, mas sabiamente entende que nem sempre as coisas acontecem do jeito que você espera, a vida tende a fluir naturalmente. É como um barco à vela singrando o mar. Como o vento nem sempre sopra na mesma direção, o bom velejador deve saber exatamente como proceder para manter a trajetória desejada sem maiores turbulências. Ele sabe quando pode poupar energia, apenas ajustando a posição das velas para seguir seu destino e quando precisa imprimir a força máxima para superar as adversidades.

Na Beira do Caminho Tinha Uma Flor.

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Na beira do caminho tinha uma flor. Tinha uma flor na beira do caminho.

Tinha cansaço, tinha exaustão, e também tinham pedras no meio do caminho, e disso o poeta já havia alertado. Mas tinha uma flor na beira do caminho, na beira do caminho tinha uma flor.
Mesmo que o cansaço fosse grande, mesmo que a exaustão tenha nos levado ao limite, o que permanecerá vivo na minha lembrança não serão o cansaço, nem as pedras no meio do caminho. O que nunca me esquecerei é de que na beira do caminho tinha uma flor. Tinha uma flor na beira do caminho.